terça-feira, 31 de maio de 2011

Pensamento do dia

"Todas as pessoas muito racionais amam menos e sonham pouco. Os sensíveis sofrem mais, mas amam mais e sonham mais. "Augusto Cury"

Brasil não precisa gastar mais com educação. Precisa gastar melhor

O Plano Nacional da Educação (PNE), em discussão no Congresso Nacional, prevê que o país invista o equivalente a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação pública. Alguns especialistas querem uma fatia ainda maior: 10%. Barbara Bruns, economista chefe para educação do Banco Mundial para a região da América Latina e Caribe, nada contra essa maré. "O importante não é gastar mais, mas gastar de forma mais eficiente", diz a americana. Uma constatação que sustenta essa posição é o fato de os países membros da OCDE, os mais desenvolvidos do mundo, investirem menos do que o Brasil no setor: são 4,8% ante 5% dos PIBs nacionais, respectivamente. Deduz-se que não é por falta de dinheiro que a educação pública brasileira deixa muito a desejar. Dados da Corregedoria Geral da União (CGU), por exemplo, mostram que 35% dos municípios auditados apresentaram irregularidades na utilização dos recursos destinados à educação. Outra prática local que a especialista condena: a ênfase na educação superior. Um estudante universitário brasileiro custa aos cofres públicos seis vezes mais do que um aluno do ciclo básico. As conlusões de Bruns estão presentes no relatório Atingindo uma Educação de Nível Mundial no Brasil: Próximos Passos, que mostra as lições de casa que o país ainda tem a fazer - confira no quadro as principais conclusões do Banco Mundial. Leia a seguir os principais trechos da entrevista que Bruns concedeu ao site de VEJA.
A senhora visita o Brasil com frequência. Quando o assunto é educação, o que mais ouve aqui? Uma coisa que ouço muito dos brasileiros que estão preocupados com a educação é que é necessário aumentar os gastos com educação. Dados globais não apoiam esse pensamento. O Brasil já gasta uma parte relativamente alta do PIB em educação pública - mais do que a média da OCDE e muito mais do que o Chile, por exemplo. O importante para o Brasil não é gastar mais, mas gastar de forma mais eficiente. 
Como o Brasil poderia fazer melhor uso desse dinheiro? Duas coisas devem ser mencionadas: a forma de financiamento do ensino superior e o mau uso do dinheiro pelos municípios. No ensino superior, o padrão de gastos do Brasil é muito diferente do de outros países. Em todas as nações da OCDE, a relação entre gastos públicos com estudantes universitários e com alunos do ciclo básico é de dois para um. No Brasil, é de seis para um. A segunda preocupação são as evidências de que parte dos recursos da receita tributária destinada à educação não consegue chegar às salas de aula. A CGU constatou que até 35% dos municípios auditados apresentam irregularidades na forma de utilização dos recursos para a educação. Parte disso é resultado de uma má gestão, e não necessariamente de corrupção. Mas o fundamental é que o financiamento tem que chegar até a sala de aula. É na sala de aula que os recursos da educação se transformam em aprendizado.
Como reduzir seus gastos no ensino superior mantendo a qualidade do ensino? Em diversos países, os estudantes de universidades públicas de alta qualidade têm que pagar por parte da sua educação – seja por meio de pagamento de mensalidades ou de empréstimos. Isso faz todo o sentido quando pensamos que o mercado de trabalho lhes dará o retorno financeiro desse investimento.
A senhora diz que o Brasil é um grande laboratório de experiências educacionais bem-sucedidas. Como podemos aproveitar melhor esse potencial? O Brasil realmente é um laboratório de inovações educacionais – em níveis federal, estadual e municipal. Mas eu não diria que são todas bem-sucedidas. O fato é que ninguém sabe, porque a maioria dos programas não é avaliada. Avaliações rigorosas permitem aos governos ampliar os investimentos nos projetos que deram certo e cortar verba daqueles que fracassaram. Alguns estados, como Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e também o município do Rio, já começaram a avaliar rigorosamente seus principais programas na área da educação, como, por exemplo, a bonificação de professores. (Continue a ler a entrevista)
As taxas de reprovação no Brasil estão entre as mais altas do mundo. Por que o sistema brasileiro ainda repete tanto seus alunos? Os professores no Brasil estabelecem padrões elevados para seus alunos. Se os alunos não podem atender a esses padrões, eles são obrigados a repetir. Entretanto, a maioria dos países tem se movido em uma direção oposta: um bom professor é aquele que acredita que toda criança pode aprender e que trabalha duro para apresentar o currículo de forma que cada criança de fato aprenda o conteúdo. Isso não é fácil, mas é a marca de um professor realmente excelente. Há muitos exemplos de professores assim no Brasil. É uma questão de garantir que as escolas de formação de professores, programas de formação em serviço e incentivos aos professores transformem isto em uma norma.
Isso é um obstáculo para o avanço da educação no Brasil? Sim. A taxa média de reprovação no Brasil – cerca de 20% na educação básica – é de longe a maior da América Latina, cuja média regional é de cerca de 10%. Apenas alguns países africanos muito pobres ainda seguem um padrão tão alto de repetência. Forçar os alunos a repetir é uma estratégia de ensino muito ineficiente. Isso desanima os estudantes, mina a sua autoestima e, muitas vezes, leva ao abandono precoce. Do ponto de vista do sistema, isso significa que milhões de reais e espaços escolares são ocupados por repetentes. Com uma menor repetência, para a mesma quantidade de gastos, as escolas poderiam oferecer tempo integral e mais materiais na sala de aula. Muitos secretários de educação no Brasil compreendem isso e estão se esforçando para mudar a cultura dos professores. É surpreendente para mim que os dados não mostrem ainda grandes progressos.
O ensino médio é etapa mais alarmante da educação básica, com alta evasão de estudantes. É um desafio só do Brasil? Não, é um desafio mundial. Isso porque o ensino médio apresenta dois desafios fundamentais. Primeiro, as escolas de ensino médio na maioria dos países têm de preparar alguns alunos para o ensino universitário e outros para ingressar diretamente na força de trabalho. Encontrar esse equilíbrio é difícil. E preparar os alunos para o trabalho é especialmente difícil em uma economia globalizada, onde as mudanças são rápidas. Isso exige previsão da demanda por trabalho, o que pode mudar rapidamente. Sistemas públicos de ensino em particular enfrentam muitos problemas, uma vez que não são, em geral, muito dinâmicos. Em segundo lugar, o ensino médio lida com os alunos numa época difícil de suas vidas – eles estão em processo de autodescoberta e têm autonomia para se engajar em comportamentos de risco, como o consumo de drogas. Muitas vezes, a escola é a última coisa na mente dos alunos. Por isso, tornar a escola um ambiente acolhedor é crucial.
Pesquisas de opinião indicam que o brasileiro sente que o avanço da educação é lento e que os resultados são pouco palpáveis. Que tipo de avanço nos permite ver que a educação de fato tem avançado? A melhor prova é a melhoria que o Brasil alcançou nos resultados da avaliação Pisa na última década. O desempenho em matemática é o maior já registrado, e a evolução combinada em matemática e língua é a terceira maior já vista pela OCDE.
Que fatores contribuíram para esse desempenho? Em primeiro lugar, a reforma no financiamento com a criação do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) – posteriormente batizado Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) – tornou o financiamento da educação mais equilibrado. Em segundo lugar, a introdução de um sistema nacional de avaliação, composto inicialmente pelo Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) e posteriormente pela Prova Brasil e Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), permitiu que os formuladores de políticas públicas recebessem informações claras sobre a qualidade do aprendizado. Em terceiro e último lugar, os programas de transferência de renda como o Bolsa Escola (convertido em Bolsa Família) são uma ferramenta que ajudou famílias pobres a manter seus filhos nas escolas.
Apesar desse desempenho reconhecido, as escolas privadas ainda avançam mais rapidamente do que as públicas o próprio Pisa mostra isso. Com é possível superar essa defasagem entre os sistemas privado e público? Em todos os países, existe uma elite de escolas privadas cujo desempenho está muito acima da média. Isso porque elas podem cobrar mensalidades altas e selecionar os estudantes mais bem preparados. Por outro lado, as escolas públicas podem – e devem – melhorar seu desempenho.
O que o Brasil tem a aprender com países como Chile, que avançam mais rapidamente em educação? Uma das diferenças mais importantes no Chile é a forma de uso dos recursos públicos e privados no ensino superior. Lá, os alunos tomam empréstimos para pagar sua educação, estejam eles matriculados em universidades públicas ou privadas. Isso ajudou o Chile a alcançar uma taxa muito mais elevada de participação no ensino superior (cerca de 30% em relação a 15% no Brasil) e a gerar os recursos para o aumento sustentado na qualidade. Mas há grandes semelhanças entre Brasil e Chile também. São os dois países na América Latina que estão trabalhando mais fortemente para melhorar a educação – com excelentes sistemas para medir e premiar resultados e constante inovação nas políticas. Eu acho que ambos estão vendo o retorno dos seus esforços na pontuação crescente do Pisa.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/brasil-nao-precisa-gastar-mais-com-educacao-precisa-gastar-melhor

Quen conversa interessante!

Tudo isso ocorreu ontem no orkuto do professor e eu transcrevo agora para que esse debate se aprofunde e todos possam comentar e dar sua opinião.
 
Ģizεℓy... ArAúJo... os mais prejudicados são os alunos...isso é muito triste...q pena desse jeito o país não sai do lugar... 10:51
 
Jαqυє яσcнα LUTO @JaquelineRochaO oche issso é uma putaria ¬¬ desculpa o jeito q eu falei, mais quem tá se ferrando aqui é a gente q ESTUDA nesses colegios fulera ¬¬ :@ 10:48
 
♡*。・。♡*。・ нαииαн dαиiєllα ♡*。・。♡*。・。 Isabelly concordo EM PARTES com vc, porém vc tem q reconhecer q nós alunos os principalmente os q estão cursando o 3º ano somos sim os mais perjudicados ESTAMOS PRESTES A PRESTAR VESTIBULA algo q decidirá o nosso futuro digo isso com plena certeza pq eu estudo 2 turnos só para complementar o q é me passado na escola. Tbm concordo q os professores deveriam ter mais reconhecimento pois posso te dizer q conheço bem de perto a vida dura q os mesmos enfrentam para poder sobreviver... segundos atrás 13:22
 
Isabelly Vasconcelos E apenas completando: É OBRIGAÇÃO DO ALUNO ESTUDAR EM CASA. Sala de aula serve para termos apenas NOÇÃO do que é mais importante em um determinado conteúdo. Não achemos que sentarmos por 45-50 min numa saula de aula nos fará ser aprovados em ENEM.
Para quem não sabe, não sou professora nem nunca quis ser, pois vi minha mãe tento que trabalhar três expedientes por dia para garatir que em casa que nunca nos faltasse a alimentação e transporte.
11:51
 
Isabelly Vasconcelos Engraçado que os alunos se sentem os únicos prejudicas com uma greve. Prejudicados são (TAMBÉM) os professores que com uma greve que NÃO foi declarada ilegal têm seus salários (indignos) CORTADOS. É vergonhoso vermos tanta gente alienada por uma mídea medíocre e um bando de políticos que mostram apenas como solução do país as escolas. A responsabilidade do país é de todos nós: Alunos, professores, médicos, advogados, engenheiros, politicos, donas de casa, camelôs, etc. Qualidade de edução não é apenas professor dentro de sala de aula. Como se tem qualidade em edução com professor tento que trabalhar 03 expedientes por dia, cinco dias na semana e mais sábado de planejamento? Para no final do mês receber um salário de R$ 800 - 900. Isso sim é uma verdadeira palhaçada. Para os alunos alienados sugiro assitir ao vídeo da professora Amanda Gurgel (RN) para reavaliarem suas coloções: http://www.youtube.com/watch?v=aC3u_hxa4JQ

♫♪○•Dαиyєℓy•○♪♫ ® ツ ♪♫♪♫♪♫" É verdade, concordo com Gizely.
Quem se prejudica são os alunos, que estão sem aula.
vai ser muitas provas,trabalhos, e nem vai dar para passar todo o conteúdo... Quem vai fazer a prova do ENEM é quem se ferra, se não estudar em casa...
11:06
Ģizεℓy... ArAúJo... os mais prejudicados são os alunos...isso é muito triste...q pena desse jeito o país não sai do lugar... 10:51
 
╚»♥liny♥ LUTO olha isabelly vc fala assim pq vc deve ter condições de estudar em escola particular e não se prejudica pq as escolas ta em greve, ja que as escolas tão em greve e vc ta dando tanto apoio paga uma escola pra mim so assim eu não me prejudico ok 13:58
Isabelly Vasconcelos Bem... vivemos em um país democrático onde cada um expressa aquilo o que sente ou acha.
Cara "Liny", apenas para você tomar conhecimento, não estudei (nem estudo) em escola particular. Fiz ensino médio (antigo CEFET), faculdade (UFPB) e mestrado (UFPB) em escolas públicas... com muito orgulho. Passei por muitas greves (a maior delas de 3 meses quando eu cursava eng. civil) e sei de toda a dificuldade de um período pós-greve.
Nós da classe menos abastarda sofremos mesmo com as greves. É uma pena.
Professor nenhum faz greve à toa. Faz greve porque tem o direito de reivindicar melhores condições de trabalho e salários.
16:25
 
ॐ ♥SARA ALVES♥ ॐ Olha gente pensando bem tudo o q vcs falam é pura verdade mais vamos ver também uma coisa pense bem, digamos q eu me forme para professora estou dando só um exemplo, ai começo a ensinar em escola estadual, pública entre outras...Mais antes de me formar já sabia q ser professor é amar a profisssão e não a ambissão ao dinheiro,sabemos q professor não ganha bem ,ai fica a pergunta a todos e todas pq as pessoas escolhem ser professor só pra ganhar mal sabendo disso????? Se querem ganhar bem antes optassem por uma profissão que ganha MELHOR.. Agora não pensar em seus alunos o "seu proximo"é muita falta de amor a profissão mesmo tá... Espero manifestações de suas partes . 22:35
 
╚»♥liny♥ LUTO aew sara gostei dessa, falou bonito em, concordo com tudo que vc falou. mais realmente isabelly eles tem direito sim mais toda vez que eles inventam de fazer greve é no começo das aulas ja reparou isso ai quando começa as aulas novamente mete trabalho em cima da gente e como agente aprende alguma coisa so ler em casa sem explicação de um professor não adianta nada , se fose assim garanto que ninguem iria estudar ai sim os professor ia ficar sem salario por que não ia ter alunos pra ir aprender nas escolas 23:10
 
♡*。・。♡*。・ нαииαн dαиiєllα ♡*。・。♡*。・。 Concordo plenamente com vc Sara sei q é dificil ser professor não só se tratando na questão financeira mais falando de um modo geral.. eles estão se prejudicando sim, claro pq irão ficar sem os salários durante o(s) mês(meses) q ficarão sem trablhar mais ao meu ver os mais prejudicados ainda continuara sendo os alunos (pricipalmente os do 3ºano) pq tenho certeza q a maioria planeja ter um bom exito no vestibula esse ano sei tbm q existem outros meios para estudar-mos e alcançar este alvo tão esperado porém o principal deles é a escola regular pois é atravez dela q teremos a nossa base, e como teremos essa base se não temos aula? Isso acarretará varios problemas se parar-mos pra analisar bem v6 não acham?! 23:30

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Greve está mantida

Após a realização de uma assembleia geral, na manhã desta segunda-feira (30), os professores da rede estadual de ensino decidiram pela continuidade da greve, que já dura 28 dias, e resolveram radicalizar o movimento. Representantes da categoria estão no Palácio da Redenção, sede do Governo Estadual, e dizem que só vão sair de lá quando forem recebidos pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) ou por algum representante da administração estadual.
Cerca de mil professores estão participando da manifestação. Os professores tomaram várias alas do Palácio e também ocuparam a frente do prédio. Eles prometem acampar no lugar até que alguém do Governo aceite dialogar com eles. Segundo Sizenado representante dos professores, ainda não houve nenhuma sinalização de que os representantes da categoria serão recebidos.
Os professores cobram do Governo do Estado o pagamento do piso nacional. Eles também querem que seja restabelecido parte do salário do mês de maio, que foi reduzido em função do corte de ponto aplicado pela secretaria de Educação.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Governo assina DECRETO Nº 32.160, DE 26 DE MAIO DE 2011 que concede aumento aos professores

DECRETO Nº 32.160, DE 26 DE MAIO DE 2011
 
Concede Bolsa de Desempenho Profissional aos servidores do Grupo Ocupacional Magistério, nos termos que especifica, e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DA PARAÍBA, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 86, inciso IV, da Constituição do Estado, e tendo em vista o disposto na Medida Provisória nº 176, de 25 de maio de 2011,
D E C R E T A:
Art. 1º Fica concedida a Bolsa de Desempenho Profissional aos servidores do Grupo Ocupacional Magistério, desde que desempenhem suas atividades efetivamente de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das unidades escolares da rede pública estadual.
Art. 2º O valor da Bolsa de Desempenho para os servidores a que se refere o artigo anterior é de R$ 230,00 (duzentos e trinta reais).
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA, em João Pessoa,
26 de maio de 2011; 123º da Proclamação da República.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Luta dos trabalhadores da educação básica ganha destaque nos meios de comunicação

Em uma audiência requerida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte à Assembleia Legislativa do Estado, por ocasião do Dia de Paralisação Nacional promovido pela CNTE e seus sindicatos filiados, a professora Amanda Gurgel – filiada ao Site/RN – manifestou sua indignação frente ao descaso do poder público para com a luta dos profissionais da educação, que reivindicam melhores condições de vida e trabalho. Dadas as semelhanças que envolvem os/as educadores/as e as escolas públicas do Rio Grande do Norte e o resto do país, felizmente, a voz da professora – que se pautou nas bandeiras históricas dos sindicatos da educação reunidos na CNTE – ganhou eco nas redes sociais e, neste domingo, no programa Domingão do Faustão, o Brasil pode conhecer melhor as angústias de uma categoria que mesmo desvalorizada e desproporcionalmente cobrada, não foge à sua responsabilidade em preparar crianças, jovens e adultos para um mundo justo e fraterno.
 
Ao longo de décadas, os/as trabalhadores/as da educação básica têm travado verdadeiras batalhas com muitos gestores públicos descompromissados com a educação pública de qualidade. E as lutas da categoria, em nível nacional, se pautam contra as realidades que priorizam as duplas e triplas jornadas dos professores, que negam a profissionalização e a valorização aos funcionários da educação, que desprezam a necessidade de sólida formação inicial e continuada ao magistério, que pagam, em média, salário inicial de R$ 800,00 aos professores e um salário mínimo aos funcionários, que mantêm as escolas sem equipamentos necessários ao trabalho dos educadores e ao aprendizado estudantil, sem merenda adequada à nutrição dos alunos e sem segurança capaz de garantir a integridade física e psíquica de toda a comunidade.

Se não bastasse, e corroborando esse cenário caótico, a sociedade ainda tem que conviver com inúmeras denúncias de desvios de verbas na educação, sem que a maioria dos culpados seja responsabilizada e punida. Os recentes escândalos da merenda não ficam atrás de outros tantos envolvendo os recursos destinados ao transporte escolar. E o que dizer do fato de a Controladoria Geral da União ter detectado irregularidades no uso das verbas do Fundeb (Fundo da Educação Básica) em 58% dos municípios fiscalizados? Em outros 41% as falcatruas envolviam licitações públicas! Para conter esses crimes, os sindicatos lutam por gestão democrática nas escolas e nos sistemas de ensino, exigem maior controle social sobre as verbas da educação e cobram do Congresso Nacional a aprovação da Lei de Responsabilidade Educacional, a qual deve prever punição aos agentes públicos corruptos.

Soma-se às denúncias recentes e que vitimam majoritariamente as mulheres – integrantes de 90% dos quadros profissionais na educação básica brasileira, e que sofrem na própria carne com os descasos do poder público e com as discriminações sociais do trabalho e de gênero – o fato de grande parte de prefeitos e governadores (de todos os partidos políticos) se opor ao cumprimento da lei federal que regulamentou o piso salarial profissional nacional do magistério.

O piso dos professores – em valor ainda insuficiente – representa um primeiro passo rumo à equidade na valorização da categoria. Porém, após arguirem sem sucesso sua inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, governadores e prefeitos se recusam a cumprir os preceitos da Lei, que vinculam um valor nacional mínimo às carreiras de magistério, de estados e municípios, e um percentual também mínimo de horas sobre a jornada de trabalho do/a professor/a para exercício de atividades extraclasse – a exemplo da formação profissional, da preparação e correção de atividades e de reuniões pedagógicas.

Todos sabem que o futuro do país depende de uma educação pública de qualidade, sem a qual não atingiremos um patamar de desenvolvimento sustentável, duradouro, com distribuição de renda, com valorização do trabalho e da cidadania e respeito ao meio-ambiente. Assim sendo, que o desabafo da professora – materializado em uma atividade sindical organizada pelo Sinte/RN e a CNTE, no dia 11 de maio (paralisação nacional) – redobre o ânimo de nossa categoria para manter-se na luta pelo cumprimento integral e imediato da Lei do Piso, e para que junto com a sociedade cobremos a aprovação de um Plano Nacional de Educação verdadeiramente emancipador, com garantia de investimento de 10% do PIB em educação na próxima década, conforme deliberou a Conae 2010.
Vejas o vídeo da professora neste blog.
 
Fonte CNTE

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Trabalhadores/as em educação decidem pela continuidade da greve

Cerca de 600 trabalhadores e trabalhadoras em educação se reuniram em assembleia geral na tarde desta sexta-feira, 20, recusaram a proposta feita pelo governo estadual e decidiram pela continuidade da greve geral da categoria iniciada no dia 02 de maio.
            A proposta do governo foi de complementar o piso salarial através da incorporação da Gratificação de Estímulo à Docência (GED) e da Gratificação de Estímulo à Atividade Pedagógica (GEAP), no mais o governo manteve sua proposta inicial de criação de uma bolsa de avaliação de desempenho no valor de R$ 230,00 e implantação de uma ajuda de custo de transporte no valor de R$ 60,00 apenas para os funcionários não docentes das cidades de João Pessoa e Campina Grande.
No entendimento dos trabalhadores/as esta proposta não atende as suas reivindicações por retirar uma conquista já consolidada da categoria, reduzindo as já precárias condições de trabalho dos servidores da educação pública estadual.
O comando de greve deve se reunir na manhã deste sábado, 21, para elaborar uma contra-proposta que será encaminhada ao Palácio da Redenção na segunda-feira. Já estão agendadas as assembleias regionais para a próxima quarta-feira, 25 e a assembleia geral para o dia 30 às 08h00 na sede do SINTEP-PB em João Pessoa.

domingo, 22 de maio de 2011

Aluno de escola pública está isento da taxa de inscrição do Enem que começa nesta segunda

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começam nesta segunda-feira (23), a partir das 10h, e vão até as 23h59 do dia 10 de junho.
As inscrições serão feitas exclusivamente pela internet, por meio do site (www.inep.gov.br/enem). Alunos concluintes do Ensino Médio em 2011 e matriculados em escolas da rede pública de ensino, declaradas ao Censo Escolar da Educação Básica, estão isentos da taxa de inscrição.
As provas serão realizadas nos dias 22 e 23 de outubro, às 13h, em todo o Brasil. Somente será permitido o uso de caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente. Os participantes deverão desligar o aparelho celular e qualquer equipamento eletrônico ao entrar na sala de prova sob pena de eliminação do exame.
Na Paraíba as provas serão aplicadas nos seguintes municípios: Alagoa Grande, Alagoa Nova, Aroeiras, Bananeiras, Bayeux, Caaporã, Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Catolé do Rocha, Conceição, Cuité, Diamante, Esperança, Guarabira, Ingá, Itabaiana, Itaporanga, João Pessoa, Mamanguape, Monteiro, Patos, Piancó, Picuí, Pombal, Princesa Isabel, Queimadas, Santa Luzia, São Bento, São João do Rio do Peixe, Sapé, Solânea, Sousa, Tavares.
 
Da Secom da PB

Trabalhadores/as em educação decidem pela continuidade da greve

Cerca de 600 trabalhadores e trabalhadoras em educação se reuniram em assembleia geral na tarde desta sexta-feira, 20, recusaram a proposta feita pelo governo estadual e decidiram pela continuidade da greve geral da categoria iniciada no dia 02 de maio.
            A proposta do governo foi de complementar o piso salarial através da incorporação da Gratificação de Estímulo à Docência (GED) e da Gratificação de Estímulo à Atividade Pedagógica (GEAP), no mais o governo manteve sua proposta inicial de criação de uma bolsa de avaliação de desempenho no valor de R$ 230,00 e implantação de uma ajuda de custo de transporte no valor de R$ 60,00 apenas para os funcionários não docentes das cidades de João Pessoa e Campina Grande.
No entendimento dos trabalhadores/as esta proposta não atende as suas reivindicações por retirar uma conquista já consolidada da categoria, reduzindo as já precárias condições de trabalho dos servidores da educação pública estadual.
O comando de greve deve se reunir na manhã deste sábado, 21, para elaborar uma contra-proposta que será encaminhada ao Palácio da Redenção na segunda-feira. Já estão agendadas as assembleias regionais para a próxima quarta-feira, 25 e a assembleia geral para o dia 30 às 08h00 na sede do SINTEP-PB em João Pessoa.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

PBVest lança edital com mais de 4 mil vagas para o ensino público

A Secretaria de Estado da Educação lançou nesta sexta-feira (20), na edição do Diário Oficial do Estado, o edital para o processo seletivo do pré-vestibular do Estado da Paraíba (PBVest). Estão sendo oferecidas 4.070 vagas para alunos que estejam cursando o 3º ano do Ensino Médio em escola pública ou que tenham concluído o Ensino Médio em escola pública do Estado.
Confira o edital

As inscrições podem ser realizadas a partir da próxima segunda-feira (23) e seguem até o dia 3 de junho, pelo site da
Secretaria da Educação.

Após realizar sua inscrição, o candidato participará de uma prova eliminatória e classificatória abrangendo conteúdos de Português e Matemática. A prova será aplicada no dia 19 de junho, das 8h às 12h, no município onde o candidato pretende realizar o curso.


O resultado será divulgado no site da Secretaria da Educação e nas sedes das instituições participantes a partir do dia 4 de julho. As aulas para os candidatos aprovados começarão no dia 9 de julho.


Matrículas


As matrículas para os candidatos classificados serão realizadas no dia 6 de julho, das 8h às 11h e das 14h às 17h na unidade educacional em que irá cursar o PBVest. Os retardatários farão suas matrículas no dia 7 de julho, no mesmo local.


Os documentos exigidos para a matrícula são os seguintes:

- declaração da escola em que está cursando a 3ª série do Ensino Médio ou certificado de conclusão da escola pública onde concluiu os estudos;
- duas fotografias 3x4 recentes coloridas, de fundo branco;
- RG;
- CPF;

O curso objetiva reforçar e ampliar os conhecimentos dos alunos das escolas da rede pública de ensino e egressos do Estado da Paraíba, que pretendam concorrer às vagas dos cursos de graduação através de exame vestibular ou de outros processos seletivos.


As aulas acontecerão aos sábados e domingos, no período de julho a novembro, em horário integral. “Nosso grande objetivo com o PBVest é ter cada vez mais alunos da rede pública nas principais universidades da Paraíba”, explica o secretário da Educação do Estado, Afonso Celso Scocuglia.


O PBVest acontecerá nos seguintes municípios: João Pessoa, Guarabira, Campina Grande, Cuité, Monteiro, Patos, Itaporanga, Catolé do Rocha, Cajazeiras, Souza, Princesa Isabel, Itabaiana, Santa Rita e Araruna.


“As aulas serão divididas em 30 minutos de vídeo-aulas e 20 minutos de resolução de exercícios com um professor monitor em sala de aula. Os alunos acompanharão através de material didático elaborado pela equipe do PBVest, que é composta por excelentes professores de cursinho do Estado”, explicou o coordenador do PBVest, professor Américo Falcone.


Os professores do PBVest serão os seguintes:

- Pelágio Nerício (Física);
- Alan (Biologia);
- Geraldo Lacerda (Matemática);
- Socorro Arruda (Língua Portuguesa);
- Douglas (Língua Espanhola);
- Motinha (Língua Inglesa);
- Waldemir Pinheiro (História);
- Luciano Gaúcho (Geografia);
- Américo Falcone (Química);

Coperve divulga datas das provas do PSS 2012 da UFPB; confira

A Comissão Permanente do Concurso Vestibular (Coperve) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) vai aplicar as provas do PSS 2012 em novembro e dezembro: as provas referentes ao 1º e ao 2º anos estão previstas para novembro, nos dias 20 (PSS 1) e 21 (PSS 2). Já as provas referentes ao 3º ano (PSS 3) serão aplicadas nos dias 18 e 19 de dezembro.

Os candidatos poderão se inscrever no
site da Comissão entre os dias 17 de agosto e 4 de setembro deste ano.

Confira o informativo da Coperve


Segundo o informativo, divulgado no
site da Coperve, as inscrições poderão ser feitas de duas maneiras: 1) apenas para as provas do PSS 3 (3º ano), somente para candidato considerado apto nas provas do PSS 2 (2º ano) aplicadas em 2010, ou 2) para o conjunto das provas das três séries (PSS 1, PSS 2 e PSS 3).

Segundo a Coperve, a divulgação da primeira lista de classificados está prevista para o dia 25 de janeiro de 2012.


No PSS 2011, 36.797 candidatos inscreveram-se para concorrer às vagas.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pensamento do dia

"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém. Posso, apenas, dar boas razões para que gostem de mim e ter a paciência para que a vida faça o resto..." 
(William Shakespeare)

Greve dos professores perto dos 20 dias

Há 17 dias em greve, os professores da rede estadual de ensino não avançam no diálogo com o Governo e a paralisação segue deixando mais de 450 mil alunos sem aulas. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep) aguardava para a manhã de ontem um ofício da Secretaria de Administração com novas propostas para os docentes. No entanto, o documento não foi recebido pelo comando de greve.

Nesta semana, foram realizadas várias discussões e manifestações do Sindicato em torno da paralisação. Na tarde de ontem, mais uma assembléia discutiu os rumos da paralisação e na última terça, os professores ocuparam a Assembléia Legislativa do Estado para pedir apoio aos parlamentares nas negociações com o Governo.

De acordo com o Sintep, o poder público estadual continua sem muitas aberturas para o diálogo. O Sindicato alega ainda que não foi solicitada a ilegalidade da greve por parte do Governo e, mesmo assim, o corte de ponto e o cancelamento do pagamento dos salários é uma ameaça constante aos professores.

De acordo com o coordenador do Sintep, Antônio Arruda, as reivindicações dos docentes continuam as mesmas, sendo a mais importante delas o cumprimento da lei nº 11.738 que garante o piso salarial dos professores em todo país. Ele acrescenta que o que foi oferecido pelo Governo Estadual na última negociação foi uma bolsa de R$ 230, no entanto, o sindicato não aceitará esse acréscimo em troca do piso.

A Secretaria de Educação do Estado explica que a bolsa faz parte de um auxílio financeiro, já que neste momento o Governo do Estado não tem condições de conceder reajuste salarial por causa a Lei de Responsabilidade Fiscal

O piso determinado pelo Supremo Tribunal Federal é de R$ 890,36 para uma jornada de 30h semanais dos professores. Atualmente, o que está sendo pago na Paraíba é R$ 661,55.

Depoimento da professora Amanda Gurgel




quarta-feira, 18 de maio de 2011

Inscrições para o Enem começam nesta segunda

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão ser feitas a partir das 10h desta segunda-feira (23), exclusivamente pela internet. O prazo termina às 23h59 do dia 10 de junho. O anúncio foi feito pela presidente do Inep, Malvina Tuttman, em entrevista coletiva em Brasília.
O exame ocorrerá nos dias 22 e 23 de outubro. Uma nova edição está marcada para os dias 28 e 29 de abril. A portaria com o edital do exame de outubro será publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (19).
"Nós teremos pelo menos duas edições por ano. A cada divulgação do edital do Enem, será editada uma portaria com as datas da edição seguinte", explica Malvina.
No edital, o Inep vai reafirmar o veto a pedidos de revisão ou vistas de provas, condicionado a uma manifestação oficial da Justiça. Segundo Malvina, os candidatos serão recomendados a fazer uma leitura prévia das instruções. "No edital não há um tempo definido mas há sim a recomendação expressa em benefício do candidato para que sejam lidas as instruções e preenchidos corretamente todos os cartões, e para que sejam conferidos os cadernos de prova que lhe são oferecidos", diz a presidente do Inep.
Também não será permitido ao candidato usar relógio, lápis e borracha.
A gráfica RR Donnelley Moore, a mesma de 2010, vai imprimir as provas do Enem. Para garantir a segurança da aplicação das provas e evitar o vazamento de dados, mais dois parceiros do Inep foram anunciados. A Módulo, empresa privada, fará o detalhamento da gestão de risco e o Inmetro atuará na certificação da gráfica, que é a mesma que prestou o serviço ao MEC no último ano. Ao mesmo tempo, o Centro de Seleção e Eventos da Universidade de Brasília (Cespe), continua responsável pela aplicação do exame.
Entre todos os processos necessários para a realização do exame, 400 mil pessoas estarão envolvidas, 12 mil locais serão usados, com 140 mil salas, em 1.599 municípios. Ainda acontecerão 6 mil escoltas policiais.
A previsão é aplicar a segunda edição do Enem de 2012 no mês de novembro, após as eleições municipais. "Gostaríamos que fosse em outubro, mas temos processo eleitoral e, neste sentido, possivelmente será em novembro de 2012", afirma a presidente do Inep.
Mais edições por ano
Malvina Tuttman disse ainda que o Inep planeja no futuro ter mais de duas edições do Enem por ano. Para isso, o MEC está cadastrando um banco de ítens com perguntas que podem ser usadas nas futuras provas. Os ítens serão formulados por professores de universidades públicas. "Quanto mais oportunidades nós tivermos de avaliarmos como nós estamos isso é fundamental. Este aumento com qualidade do banco de ítens será muito significativo, e podemos ter outras edições e outros formatos do Enem".
Vaga na universidade
O MEC deu início em 2009 a um projeto de substituição dos vestibulares tradicionais pelo Enem. A partir do resultado da prova, os alunos se inscrevem no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e podem pleitear vagas em instituições públicas de ensino superior de todo o país. No ano passado, foram ofertadas 83 mil vagas em 83 instituições, sendo 39 universidades federais.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Trabalhadores em educação realizam ato na Assembleia Legislativa da PB

Após a assembleia da 1º regional do SINTEP/PB realizada na manhã desta terça-feira, 17, os trabalhadores e trabalhadoras em educação do estado da Paraíba ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa (AL) para pedir o apoio dos parlamentares nas negociações com o governo do estado que se mantém fechado para o diálogo com a categoria e ainda fazendo ameaças como corte de ponto e não pagamento dos salários, o que não pode ser feito uma vez que se quer foi pedida ilegalidade do movimento grevista.
A pedido do comando de greve os deputados da bancada oposicionista conseguiram uma rápida audiência entre o Presidente da Assembleia, Deputado Ricardo Marcelo, e os representantes dos trabalhadores/as. Na reunião o Deputado informou que já está formada uma comissão pluripartidária que deverá ainda hoje encaminhar um ofício ao Palácio da Redenção para agendar uma audiência com o governador até a próxima quinta-feira, 19, véspera da assembleia geral da categoria.
Além da audiência com o Presidente da AL também foi concedido um espaço na tribuna para o presidente da Associação Professores com Licenciatura Plena da Paraíba (APLP), Francisco Fernandes e para o Coordenador Geral do SINTEP-PB, Antônio Arruda das Neves, que colocaram em suas falas a situação atual da educação na rede estadual de ensino e a intransigência do governo estadual que se nega a cumprir a Lei do Piso.

Ministério da Educação deveria virar o da Burrice Instituída - CBN

Ministério da Educação deveria virar o da Burrice Instituída - CBN

RUAS DE SAUDADES

A cidade de João Pessoa, amores de Gonzaga Rodrigues, guarda um pedaço do ontem que faz o visitante que pisa no seu chão sentir-se transportado ao passado, personagem de um tempo vivido pelos que hoje habitam a lápide fria do Boa Sentença.
É o bairro do Roger, perto do centro da cidade. Casas e casarões guardando o antigo como presente, o passado em nome do futuro, o ontem para a nostalgia do hoje. Janelas de madeira trabalhada, onde certamente a mocinha que depois se tornou avó se postava para ver o amado passar em caminhar de amor.
As ruas são estreitas, como estreitas eram as ruas de antigamente. Em tudo se respira saudade. Até os que nasceram depois, feito eu, sentem-se personagens daquele tempo, moradores daqueles tetos, seresteiros daquelas sacadas de valsas e chorinhos de cavaquinho.
A igrejinha, com suas torres cor de rosa tem no alto de uma delas os dois sinos que ainda repicam aos domingos chamando os fiéis para a missa matinal. E nos dias de tristeza, tocam finados avisando que o Roger ficou com um morador a menos.
Na esquina da rua próxima, onde o menino corre atrás da bola, atrapalhando o caminhar do vendedor de manguzá com seu galão de comida nas costas, a mulher vende bolo de festa e salgadinhos com sabor de quero mais.
O cachorro preguiçoso caminha pelo calçamento irregular, ciente de que ali carro nenhum vai atrapalhar seu rumo.
Casais de velhinhos sentam-se nas calçadas das casas, de mãos dadas, olhando o por do sol e lembrando com a saudade própria de quem viveu aquele momento infinitas vezes.
É um pedaço de passado, ainda preservado, que vive ileso à sanha imobiliária da cidade, graças ao esforço dos próprios moradores, nativos e adotivos feito Vital Farias. E que deve permanecer assim, mesmo que a cidade toda se transfira para o mar, como vem acontecendo. Garanto que do Roger não haverá desertores.

Por Tião Lucena

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Governador Ricardo Coutinho anuncia ampliação das escolas na PB

O governador Ricardo Coutinho anunciou nesta segunda-feira (16), durante programa semanal na rádio Tabajara, a ampliação do número de escolas em tempo integral no Estado. Ricardo informou que, a partir de junho, o Programa Mais Educação que é aplicado hoje em 134 escolas em seis municípios, passará atender 239 escolas em 31 municípios paraibanos.
Ricardo ressaltou que irá levar o ensino integral para todas as 12 gerências de educação para dar ao estudante a oportunidade de ter atividades além de lúdicas e culturais, também um reforço escolar em um segundo turno. “Esse reforço possibilitará que  o aluno assimile questões que não conseguiu aprender de forma correta na sala de aula. Nós precisamos focar na qualidade de ensino e não apenas na ampliação”, ressaltou.

Durante entrevista concedida ao radialista Célio Alves, âncora do programa Fala Governador, Ricardo ressaltou os investimentos na reforma e ampliação de 138 escolas estaduais e de mais 46 creches no estado. Sobre as creches ele defendeu que essa política seja exercida prioritariamente pelos municípios que podem com isso aumentar o seu Fundeb. “Não nos interessa competir com os municípios, mas sim fortalecê-los dentro de suas atribuições como, por exemplo, a educação infantil”.    
Ensino Profissionalizante - O governador reafirmou a meta de implantar 20 escolas técnicas estaduais nos municípios, inclusive dialogando com o IFPB e a UEPB dentro de uma complementariedade em relação a implantação de novos campus.  Ele explicou que serão aplicados cursos de média e curta duração de acordo com a potencialidade de cada município. “Precisamos formar mão de obra para setores como turismo, construção civil, comércio, área agrícola. Vamos investir muito para dar aos jovens uma profissão, porque só o currículo de ensino médio não quer dizer muita coisa”.
 Ele adiantou que em breve a Secretaria Estadual de Educação estará apresentando um Plano de Profissionalização, incluindo adaptação de escolas, construção de novas escolas estaduais, formatação de convênios com outras instituição e criação de mecanismos para o alunado completar seu ensino médio e profissionalizante.    
Enquanto isso, segundo Ricardo, o governo desenvolve convênios importantes como o Programa Projovem Trabalhador com a disponibilização de 6 mil vagas, o Programa Projovem Urbano  (460 vagas para jovens do ensino médio), o Projovem Campo com investimento de R$ 4,7 milhões e o ensino Profissionalizante em parceria dom SENAI/PB  com 300 vagas em sete cursos em João Pessoa e Campina Grande. 
Bolsa Produtividade - Ricardo garantiu ainda que os professores que estiverem trabalhando em sala de aula receberão no final do mês a bolsa desempenho no valor de R$ 230.  Ele fez um apelo para que os professores voltem às aulas para não haver prejuízo para os estudantes.
O governador destacou os avanços conseguidos em relação situação salarial do professores quando foi prefeito de João Pessoa. Ele ressaltou, contudo, que diante da situação atual do Estado não tem condição de conceder reajuste salarial.  
“É preciso que as categorias compreendam que essas necessidades das categorias, mesmo que justas, estejam articuladas com a perspectiva da melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo. Estamos trabalhando para conseguirmos a regularidade fiscal porque qualquer estado que esteja ferindo a LRF não pode dar reajuste salarial, caso contrário, estaria incorrendo em um crime de responsabilidade. Não faria isso, mesmo que estivesse às vésperas de uma eleição”, ponderou.
Mesmo diante desse contexto, o governador lembrou que se reuniu com o sindicato dos professores e acatou a proposta da categoria de implantar  uma bolsa desempenho de R$ 230, que geraria um impacto de R$ 4,2 milhões, valor maior que a proposta de reajuste salarial, (R$ 3,8 milhões). “Fechamos o acordo e para nossa surpresa as aulas foram paralisadas em alguns colégios sem reconhecimento publico por parte do sindicato do que foi firmado. Esse é um gesto que quebra a confiabilidade entre as partes”, lamentou.     
Brasil Alfabetizado - O governador também destacou o início das aulas do programa Brasil Alfabetizado nesta segunda (16 de maio) como instrumento importante para reduzir a taxa de analfabetismo na Paraíba que atualmente é de 21,7 %, ou seja mais de 800 mil pessoas que não sabem ler ou escrever.  Ricardo ressaltou que em parceria com os municípios os alunos do programa terão no decorrer do programa a chance de elevar a sua escolaridade e se preparar para o exercício de sua cidadania.
Contrapartida Solidária- O governador Ricardo Coutinho confirmou para o dia 27 de maio a assinatura do decreto da Contrapartida Solidária em Campina Grande. Ele ressaltou que também serão publicados dois editais públicos na área da educação básica no valor de mais de R$ 20 milhões e outro para a atenção primária à saúde para compra de equipamentos.
“Vamos investir nestes dois editais cerca de R$ 50 milhões para todos os municípios, sem olhar em quem votou o prefeito ou fazer qualquer tipo de barganha política. Esse é um investimento alto para elevar a qualidade de vida da população com serviços melhor organizados”, explicou.     
 O governador ressaltou que os indicadores sociais são muito ruins na Paraíba e o objetivo é contribuir com os municípios na construção das melhorias.  “Esses péssimos indicadores significam que o povo vive mal e nosso desafio é que passem a viver melhor quando ver uma cobertura maior de exames, a queda da mortalidade infantil, mais crianças entre 4 e 5 anos na pré-escola”, finalizou.

Pollyana Sorrentino - Portal Correio

A GREVE CONTINUA: comissão é recebida pelo Secretário de Governo durante manifestação dos trabalhadores/as em educação

Após a realização da Assembleia Geral da categoria que aprovou a continuidade da greve até que o governo do estado cumpra a Lei do Piso, mais de 600 trabalhadores e trabalhadoras em educação seguiram em passeata para o Palácio da Redenção, lá o Secretário de Governo, Walter Aguiar, recebeu uma comissão formada pelo Coordenador Geral do SINTEP-PB, Antonio Arruda, o presidente da APLP, Francisco Fernandes, o Deputado Estadual Frei Anastácio, a presidente da APES, Aline Leite e uma representante da base, Professora Francisca Pereira Zenaide.
            O objetivo da comissão era falar diretamente com o governador Ricardo Coutinho, no entanto o Secretário informou que o governador não se encontrava no Palácio, mas não justificou a ausência. Durante a reunião, que durou cerca de 40 minutos, o Secretário Walter Aguiar, após esclarecimento dos representantes do SINTEP e APLP, reconheceu o equívoco dos secretários de educação e administração que declararam na mídia que o julgamento da constitucionalidade da Lei do Piso Salarial Nacional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não teria sido concluído e por isso não havia obrigação do governo cumprir o valor estipulado pelo MEC.
            Ao final da reunião Aguiar assumiu o compromisso de conversar com o governador e agendar uma audiência com os representantes dos/as trabalhadores/as, anunciando a resposta do governo até esta quinta-feira, 12. Terminada a reunião a comissão informou aos manifestantes que se mantiveram todo o tempo em frente ao palácio sobre os resultados da conversa e ratificaram a decisão da assembleia pela continuidade da greve.
            Uma nova assembleia geral já está marcada para o dia 20 de maio, com uma prévia rodada de assembleias regionais que devem acontecer também na próxima semana a exemplo da primeira regional que terá assembleia na próxima terça-feira, 17, a partir das 08h00.
            Além da assembleia e manifestação ocorridas nesta tarde em nosso estado, o dia de hoje foi marcado por mobilizações em todo o país em defesa do Piso Salarial Profissional Nacional. A Paralisação Nacional promovida hoje pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) tem como objetivo pressionar o poder executivo de estados e municípios a cumprir o piso, bem como sensibilizar deputados, senadores e ministros para a necessidade de apoiar o movimento dos trabalhadores em educação.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A greve continua

Estranhamente a postagem anterior sobre a continuação da greve sumiu do blog, mas eu estou aqui novamente reafirmando que a greve continua. Por intransigência do governo do Estado da Paraíba, os profissionais em educação do Estado resolveram na última quarta-feira em assembléia manter o movimento de paralisação das atividades. Após a assembléia os professores seguiram em passeata para o Palácio do Governo e o seu chefe maior não estava presente, os representantes dos professores foram recebidos por seu chefe de gabinete que reconheceu o piso nacional do professores como legitimo e que iria junto ao secretaria de educação do estado tentar convencer o comandante de pagar o que é lei e reconhecidamente pela justiça. Existe um apoio e adesão de mais de 80% do magistério ao movimento, assim está fortalecido.

Enem 2011 deve ser marcado para dias 22 e 23

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deverá ter duas edições em menos de um ano. Este ano, as provas devem ocorrer em outubro, nos dias 22 e 23, e sete meses depois, nos dias 5 e 6 de maio de 2012, um novo exame deve ser aplicado em todo o país. As datas serão confirmadas na próxima semana, com a publicação do edital pelo Ministério da Educação (MEC).

Tudo indica, portanto, que a intenção de se realizar duas edições do exame por ano será colocada em prática. Em 2009, o MEC deu início a um projeto de substituição dos vestibulares tradicionais pelo Enem. A partir do resultado da prova, os alunos se inscrevem no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e podem pleitear vagas em instituições públicas de ensino superior de todo o país. A participação no Enem também é pré-requisito para os estudantes interessados em uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni).

No ano passado, mais de 4 milhões de candidatos se inscreveram para participar do exame que, à medida que ganha importância, escancara os problemas em torno de sua organização e aplicação. A edição 2010 enfrentou uma série de problemas, que incluem erros na formulação dos testes, falha na impressão e até furto de prova.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

CNTE convoca paralisação de professores para esta quarta por PNE e piso

O CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) convoca paralisação do magistério para esta quarta-feira (11). O protesto faz parte da semana de mobilização pela educação, iniciada na segunda-feira (9).
Eles reivindicam a aprovação ainda este ano do PNE (Plano Nacional de Educação) e o cumprimento do piso nacional do professor (Lei 11.738/08).
Na paralisação de hoje, representantes de 41 entidades filiadas à confederação se concentrarão em Brasília a partir das 9h, em ato em frente ao Congresso Nacional.
Também haverá reunião com o ministro da Educação, Fernando Haddad, bem como visitas aos gabinetes dos parlamentares, audiência pública na Câmara dos Deputados com o tema qualidade da educação e panfletagem na "marcha dos prefeitos", mobilização em que prefeitos vão à capital federal em busca de recursos.
PNE
O PNE 2011-2020, plano que define as diretrizes da Educação do país para os próximos 10 anos, já está em tramitação no Congresso Nacional há 5 meses. Em março, o plano ganhou comissão especial para acelerar sua tramitação.
Entre as metas do documento, estão a alfabetização de todas as crianças até, no máximo, 8 anos de idade e a universalização, até 2016, do atendimento escolar para toda a população de 15 a 17, com taxa de matrículas nessa idade no ensino médio de 85%.
Piso
Em 6 de abril, a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 4167, que questionava a constitucionalidade do Piso Nacional do Magistério, foi rejeitada. Desta forma, a aplicação do piso voltou a ser obrigatória em todos os Estados.
A lei, sancionada em 2008, determinava o rendimento mínimo de R$ 1.187,14 por 40h semanais de trabalho para professores da educação básica da rede pública. Esse é considerado o "vencimento básico" da categoria, ou seja: gratificações e outros extras não podem contar como parte do piso.
No entanto, o trecho da lei que definia a divisão da jornada de trabalho em dois terços de trabalho com os alunos e um terço de horas extraclasse não recebeu "efeito vinculante". Ou seja: é válido, mas pode voltar a ser discutido.

Do Uol Educação

Paulinho da Viola & Canhoto da Paraíba - Heineken Concerts - São Paulo -...

Canhoto da Paraíba & Paulinho da Viola - Heineken Concerts - Rio de Jane...



terça-feira, 10 de maio de 2011

'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'


'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'

'Fingi ser gari por  1 mês e vivi como um ser invisível'

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua dissertação de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.  Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo.
Ali,constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis; sem nome'.
Em sua dissertação de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano.
'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço.
Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro.
Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central.
Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu.
Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angústia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de um mês trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais.
Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa.
Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe.
Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.

*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!

Bin Laden já teria morrido?

O ministro iraniano de Inteligência, Heydar Moslehí, anunciou que seu país teria "informação fidedigna" de que o terrorista saudita Osama bin Laden teria morrido "há muito tempo por causa de uma doença".
Em declarações divulgadas nesta segunda-feira (9) pela imprensa estatal, o chefe dos serviços secretos do Irã afirmou duvidar da operação norte-americana que teria matado Bin Laden, segundo a versão oficial apresentada pelos Estados Unidos, e desafiou Washington a mostrar o corpo do saudita.
A Casa Branca diz ter lançado o corpo de Bin Laden ao mar, após colher material para exame de DNA, e com direito às cerimônias religiosas correspondentes à tradição islâmica. O governo americano também diz ter fotos da operação, mas decidiu não tornar as imagens públicas.
"Temos informação fidedigna de que Bin Ladem morreu há muito tempo por causa de uma doença", rebateu Moslehí em declarações à imprensa local, após a reunião dominical do Conselho de Ministro.
"Se os aparelhos de segurança e de inteligência de fato prenderam ou mataram Bin Laden, porque não mostram o cadáver? Por que o jogariam ao mar?", questionou o iraniano.
A resposta, segundo Moslehí, o interesse de Washington seria "obscurecer o despertar islâmico na região".

Fonte UOL